Eu seguro a mão do meu
filho e converso sobre coisas que vejo pelo caminho.
Uma formiga, uma árvore
que é do tamanho dele, outra que é mais do meu tamanho, um trator parado na
frente da oficina e louco pela lida no campo, um gato preso atrás da grade de
uma janela, um carro velho estacionado ao lado de um lindo ipê roxo.
Somos, eu e ele,
personagens nesse mundo novo que nos foi apresentado num Divino momento: a
condição de mãe e filho.
Segurar sua mão parece
pouco para mim, e é bem pouco.
Muitas vezes já olhei
para aqueles dedinhos, mergulhados na minha mão, e imaginei que um dia serão os
dedos da mão de um homem do mundo.
Sei que não restará a
imagem do que somos hoje, filho e mãe de mãos dadas pelas calçadas da cidade.
Sei, no entanto, que
nosso coração sempre terá o calor e o aconchego dos dias remotos dessa sua
infância breve.
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